
Por: Carolina Vieira
Fonte: Assessoria de Comunicação Faes / Senar-ES
O Espírito Santo recebeu o reconhecimento oficial de zona livre de febre aftosa sem vacinação, durante a 92ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que aconteceu nesta quinta-feira (29) em Paris, na França. O Brasil também foi reconhecido internacionalmente, após mais de 50 anos de combate à doença.
A delegação capixaba presente no evento em Paris foi composta por representantes do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) e do Fundo Emergencial de Promoção da Saúde Animal do Estado (Fepsa-ES), que reúne instituições como a Faes, OCB-ES, Ases, Aves, Sindfrio, além do próprio Idaf e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), Julio Rocha, destaca que ser reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação é um avanço enorme para a pecuária capixaba e brasileira.
“Ganhamos competitividade, abrimos caminho para mercados mais exigentes e damos mais valor à nossa produção. Essa conquista é um resultado de um esforço conjunto entre produtores e instituições. Além disso, os benefícios são diretos no bolso: os custos com a vacinação deixam de existir, a produtividade melhora e o bem-estar animal também é fortalecido", ressalta.
O status alcançado se deve ao trabalho em conjunto realizado entre os órgãos estaduais e os produtores rurais, para efetiva execução do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), na qual a Federação faz parte.
A certificação foi entregue diante de delegações de mais de 180 países presentes e marca o fortalecimento de um comércio seguro, e o alcance do mais alto patamar de sanidade animal internacional. O feito também abre as portas de exportação para países mais rigorosos.
A analista técnica da área animal da Federação, Lidiane Gomes, afirma que além de uma grande conquista, o reconhecimento também é um desafio. “Sem a vacina, os cuidados nas propriedades precisam ser redobrados. É fundamental que os produtores façam o recadastramento do rebanho junto ao Idaf e mantenham a vigilância constante para evitar qualquer risco de reintrodução da doença”, alerta.
Além do Espírito Santo, aram a integrar o grupo os seguintes estados: Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins, assim como o Distrito Federal.
Foto: Reprodução/Fepsa